23 de set. de 2009

SOZINHO



















Quando você se sentir sozinho,
pegue o seu lápis e escreva.
No degrau de uma escada,
à beira de uma janela,
no chão do seu quarto.
Escreva no ar,
com o dedo na água,
na parede que separa
o olhar vazio do outro.
Recolha a lágrima a tempo,
antes que ela atravesse
o sorriso e vá pingar pelo queixo.
E quando a ponta dos dedos estiverem úmidas,
pegue as palavras que lhe fizeram companhia
e comece a lavar o escuro da noite,
tanto, tanto, tanto... até que amanheça.

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